UMA REENCARNAÇÃO DE DIVALDO FRANCO NA FRANÇA



Divaldo Franco há cerca de 40 anos, foi à Paris pela primeira vez, hospedando-se na residência de familiares de um casal amigo residente no Rio de Janeiro.
Assim ele relata o episódio:

   " A primeira noite naquela capital foi-me tormentosa, não conseguia conciliar o sono. Pela manhã, sentindo-me estranho, pedi permissão ao casal anfitrião para sair para caminhar um pouco, sentia uma aflição interna, um desassossego, comecei  a andar, desci uma escadaria qualquer, peguei um metrô qualquer, e quando eu estava no metrô pensei; meu Deus, o que está acontecendo comigo?, um impulso estranho toma conta de mim .
      O metrô me levou a uma estação terminal, parou e eu saltei como todo mundo. Subi a superfície e vi vários ônibus, alguns dos quais escrito  "versaion", entrei no ônibus e depois de algum tempo o ônibus passou perto de um bosque, pedi ao motorista para descer do veículo, pois uma força imperiosa levou-me a saltar. Eu saltei e reconheci  o lugar, reconheci o bosque e uma pequena estrada real de pedras irregulares. Aquele mesmo impulso fez-me acompanhar a estrada real, e subitamente diante dos meus olhos um monastério que deveria ter sido construído pouco depois da idade média, apareceu-me fascinante. Eu sempre tive uma profunda inclinação religiosa, e aquilo me cativou e eu senti uma mudança de personalidade interna. Sou normalmente alegre, sou jovial, gosto da vida, naquele momento eu comecei a sentir o temperamento mudar-se, uma melancolia profunda, uma certa irritabilidade e um desconforto moral. Eu me acerquei da porta do monastério, bati uma aldraba, abriu-se o postigo, então o rosto suave de uma monja francesa perguntou;
    - O que era?
    E quando me dei conta estava falando Francês, eu disse:
    - Eu desejo visitar o convento.
    - Más não é permitido.
    Com uma autoridade que não me é peculiar, eu disse:
    - Por favor , chame  a madre mestra.
    Ela me olhou surpresa, abriu a porta e eu entrei no parlatório. Minutos depois chegou uma senhora de uns 50 anos aproximadamente, e eu disse:
    - Madre, eu sou estrangeiro, estou visitando Paris, eu desejava visitar também o monastério.
    - Más não tem nada de especial, é um convento de monjas enclausuradas e homens aqui não são bem vindos, só o confessor.
    - Más eu necessito de visitar o convento!
    - Para quê?
    - Eu sou o fundador  da ordem.
    Eu pensei; meu Deus, o que está me acontecendo?
    - Ah...., o fundador da ordem.
    - Sim senhora.
    - Só que ele morreu a mais de 300 anos.
    - Claro que eu me lembro! O convento foi fundado em 1625, durante a vigência do terceiro período da guerra Franco-Austríaca, e nessa oportunidade eu estava reencarnado.
    Eu notei o choque da monja, más eu estava mais assustado do que ela, porque eu estava falando o que eu não sabia , o que eu não entendia. Ela disse:
    - Meu filho você não está passando bem, você está aonde? quer  dar o endereço para que eu telefone para lhe mandar buscar?
    - Não senhora, eu estou perfeitamente normal. Eu sou fulano de tal, o fundador.
    - Como o senhor sabe o nome do fundador? leu em algum documento?
    - Más eu sou ele! eu desejo que a senhora chame a madre abadessa.
    Ela ficou assustada, saiu e logo chegou uma senhora veneranda de 60 anos, já sorrindo, esse sorriso de que diz; "coitadinho".
    - Sim meu filho, seja breve.
    - Madre, eu desejo visitar o convento.
    - Más é proibido, porque para visitar o convento o senhor terá que passar na clausura e somente o nosso confessor do sexo masculino é que a pode vadear.
    - Más eu  quero ver o quarto em que eu morri!
    - E você é quem?
    - Eu sou o fundador da ordem.
    - Vá pra casa meu filho.
    - Madre, eu vou visitar o quarto em que eu morri. Eu me lembro, que há uma pedra e que a tradição reza que esta pedra foi desgastada pela beatitude do homem, de tanto ajoelhar-se ele teria gasto a pedra. A minha cela possuía uma gravura da Madona, que certo dia, após muitas preces, inadvertidamente, queimei  um pedaço com uma vela acessa.
    Ela olhou admirada.
    - Onde o senhor leu isso?
    - Eu não li em lugar nenhum. Eu me lembro, e gostaria de voltar a minha cela.
    - Más é impossível!
    - Não é, porque eu poderei contornar o altar central, há uma porta à esquerda que eu saio no corredor.
    - Más quem lhe contou?
    - Madre, eu me lembro.
    - Então venha mostrar-nos.
    Eu levantei-me, mudei completamente o meu tipo de temperamento, comecei a andar, e atrás de mim vieram, a abadessa, a madre superiora e a porteira. Eu olhei para trás e meio normal, meio paranormal ou meio qualquer coisa, eu comecei a rir , e pensei; meu Deus, como antigamente, as três atrás  do confessor. E fomos, eu encontrei a porta, saímos no corredor e cheguei a cela. Comovi-me, eu disse:
    - Madre, eu morri numa enxerga que estava ali.
    Ela me pegou pela mão e disse: 
    - Agora você vai me contar esta história direito.
    E me levou a uma sala, e conversamos, ela me convidou para almoçar e eu almocei, e conversamos, eu lhe falei da reencarnação, da lei de causa e efeito, eu lhe falei da era nova, que havia começado em Paris, fazia um pouco mais que um século e dez anos, falei da proposta espírita, da restauração do cristianismo, da imortalidade da alma, e da sua comunicabilidade.
    Ela pediu-me para voltar, eu levei o evangelho segundo o espiritismo e o livro dos espíritos, ficamos amigos. Quando eu me despedi quatro dias depois, ela me segurou as mãos e me disse:
    - Que pena, é tarde demais para mim, para  adotar essa filosofia, eu gostaria de adotar esse pensamento filosófico, e de retirar o meu hábito.
    - Não madre, se a senhora retirar o hábito e ficar espírita, será uma espírita a mais, más se a senhora ficar espírita com o hábito, será a única espírita freira na humanidade. Então é mais vantagem.
    Ficamos amigos, quando ela esteve em Bruxelas, eu a visitei, porque periodicamente as abadessas são transferidas, e a acompanhei praticamente até a morte. "

Fonte: http://youtu.be/wnr963CGKdM

Colaboração
Angel Pedrosa

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